| 06/08/2002 19h32min
O Caxias dará nesta quarta, 7 de agosto, a ofensiva final em busca da distante vaga à Série A do Brasileirão. O clube, encurralado pela falta de tempo e contra adversários de peso, como a CBF, Figueirense, Gama e a Justiça Desportiva, atacará em três frentes. Se nada dar certo, não restará outra alternativa a não ser encarar a Série B, com estréia na próxima terça-feira, contra o União São João, em Araras (SP). Se o julgamento for favorável ao Caxias, o Campeonato Brasileiro, previsto para começar no sábado, será adiado.
A ofensiva mais importante se dará na Justiça Comum, por meio de ações do procurador-geral do município, Vanius Corte. A primeira será em Brasília, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reunirá a Corte Especial, composta pelos 21 ministros mais antigos da casa. Existe a possibilidade de ocorrer o julgamento da medida que suspendeu todas as liminares que tentavam a inclusão de clubes no Brasileiro. Essa decisão, do então presidente do STJ, Edson Vidigal, foi emitida a pedido da CBF. Se for suspensa, determinará o impedimento do início do campeonato, pois o Caxias teria uma vaga.
A sessão no STF está marcada para começar às 14h. Como o tribunal não define a pauta no dia anterior, não há como saber se o caso entrará em julgamento. Mas, como geralmente a corte trata de assuntos relativos a governadores, magistrados e leis, dificilmente o processo estará em análise.
No caso de a Corte Especial não se pronunciar a esse respeito, o procurador Corte já tem outra alternativa: vai ingressar com uma ação no Tribunal de Justiça do Estado. A justificativa para a volta a esse fórum, onde já ocorreu uma vitória do município, são contradições na decisão do ministro Edson Vidigal, qualificada de confusa por Corte.
Outras frentes da ofensiva grená são no Ministério do Esporte e Turismo (texto ao lado) e no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Neste, a esperança é reduzida, pois o recurso deverá ser analisado apenas na próxima semana. Antes disso, o Caxias deve se preocupar com o ataque do presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfin Pádua Peixoto. Este enviou ao tribunal uma cópia da fita em que o atacante Delmer afirma que a direção grená ordenou o cai-cai no jogo contra o Avaí.
– Não existe coisa mais repugnante e revoltante no futebol – diz Peixoto.
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